Estivemos em Goiânia pra conferir um Talk com Nildo José, Juliana Pipi e Paloma Yamagata, mediado pelo Leo Romano. Foi um privilégio escutar o que eles tinham a dizer sobre o novo morar e nos motivou a falar um pouquinho sobre a sua evolução.
Para isso Nildo nos situou historicamente na evolução da casa e da família brasileira.
No século XIX a casa tinha o padrão burguês, a família era patriarcal, formada por um casal e muitos filhos. A casa era dividida em três partes: Rejeição (serviços), Isolamento (íntimo) e Prestígio (social). Ainda no século de XIX, o padrão moderno a casa era bi-partida, entre setores diurno (convívio e serviços) e noturno (íntimo) para uma família nuclear com poucos filhos.
O novo morar é baseado em famílias monoparentais, uniões livres, pessoas vivendo só e coabitações. As tipologias passam a basear-se em características especificas de cada cliente:
– Casa Ritual: Voltada para meditação e fé das mais variadas maneiras;
– Casa Ninho: preza pelo aconchego, design afetivo e memória dos moradores.
– Casa Esquenta: voltada para receber os amigos, não pode faltar um espaço para bebida e a inclusão recente das máquinas de gelos em residências;
– Casas Colaborativas ou para locação temporária: com as novas plataformas virtuais de hospedagem ganham casa vez mais importância num mundo competitivo com investimentos modestos, ideias criativas, o foco é a transitoriedade da habitação.
Essas tipologias podem ser encontradas separadamente ou misturadas em um mesmo projeto.
A conexão e integração são as palavras que regem o novo morar. As casas não se preocupam tanto com os visitantes, preocupam-se com os moradores. Todas as áreas da casa passam a ser de prestígio.
As conexões passam a ser exploradas de maneira tanto horizontal quanto vertical, e podem ser flexíveis.
Apartamento RM – Nildo José
As áreas de serviços, cozinhas e todas as áreas são nobres. As necessidades mudam, os espaços gourmets são mais valorizados, assim como closets e adegas. As novas tecnologias são incorporadas as casas, trazendo mais praticidade.
Apartamento DT – Traama Arquitetura
A Juliana Pipi ressalta a busca das conexões reais com o clientes, dando importância às experiências e gostos pessoais de cada um, principalmente de maneira sinestésica. Para ela o novo morar busca a descompressão, tirar os excessos, procurando trazer natureza, luz natural e integração com o externo enquadrando a natureza.
Casa Trancoso Terravista – Juliana Pippi
A Paloma Yamagata acredita que já não existe certo e errado, que o importante é a casa sustentar a verdade do cliente com propostas que se encaixem realmente nas necessidades deles, escalonando as prioridades.
O novo morar busca um mix de detalhes afetivos e contemporâneos, com mobiliários de design brasileiro atemporais que podem ser passados de geração em geração.
Apartamento MA – Yamagata
E vocês o que acham do novo morar? Como vocês moram?
Contem pra gente!
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